ESG
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Mais do que compliance: como sua estratégia de ESG pode gerar resultados

ESG não é tendência nem filantropia - é estratégia de negócios. E quando o impacto social é parte da cultura, empresas crescem junto com a sociedade.
Empreendedora social, fundadora da Rede Mulher Empreendedora (RME) e do Instituto RME. Vice-Presidente do Conselho do Pacto Global da ONU Brasil e Membro do Conselho da Presidência da República – CDESS. Presidente do W20, grupo de engajamento do G20. Conselheira da UAM/Grupo Ânima. Reconhecida no ranking Melhores Líderes do Brasil da Merco e por prêmios como: Bloomberg 500 mais influentes da América Latina 2024, Melhores e Maiores 2024, Empreendedor Social 2023, Executivo de Valor 2023 e Forbes Brasil Mulheres Mais Poderosas 2019. Autora do livro “Negócios: um assunto de mulheres - A força transformadora do empreendedorismo feminino".

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Muito se fala sobre Environmental, Social and Governance (ESG) como um conjunto de medidas que respondem às exigências legais ou preservam a imagem das empresas. Mas, no contexto atual, isso não é o bastante. As companhias que de fato integram esses pilares ao coração da operação conquistam avanços reais, tanto em impacto positivo quanto em desempenho financeiro.

Essa não é mais uma tendência: é um caminho sem volta. Quem ainda enxerga o tema como um adendo está ficando para trás e rapidamente perdendo espaço no mercado.

Dentre os três eixos do ESG, o componente social costuma ser o mais desafiador. Isso porque ele exige muito mais do que discursos ou relatórios: requer prática consistente. Estamos falando de promover inclusão, ampliar a diversidade, garantir equidade de oportunidades, fortalecer vínculos com comunidades e assegurar relações de trabalho saudáveis e éticas.

Uma pesquisa recente da Beon ESG, feita em parceria com a Nexus e a Aberje, mostra que 51% das empresas médias e grandes no Brasil já criaram alguma estratégia de sustentabilidade, um salto de 14 pontos desde 2021. Além disso, 43% estipularam metas ambientais, e 40% já alinham seus compromissos a marcos globais como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) ou o Acordo de Paris. Apesar disso, apenas 27% realizam avaliação de materialidade e somente 20% publicam relatórios específicos sobre o tema, o que revela um longo caminho de amadurecimento pela frente.

Nesse cenário, a Rede Mulher Empreendedora (RME) tem atuado como ponte entre o mundo corporativo e o impacto social de verdade. Já capacitamos milhares de mulheres no Brasil inteiro, com ações direcionadas à geração de renda, digitalização, crédito acessível e formação empreendedora. São iniciativas que mudam trajetórias e, ao mesmo tempo, fortalecem o posicionamento das marcas que se tornam nossas aliadas.

Negócios que adotam o ESG como parte da cultura organizacional e não como ferramenta de marketing ou obrigação regulatória, estão mais bem preparados para inovar, atrair talentos e construir confiança com seus públicos.

Um ótimo exemplo são as empresas que fomentam programas de aceleração direcionados aos grupos minorizados, como mulheres negras, indígenas, pessoas LGBTQIAPN+ e moradores de periferias. Esses segmentos ainda são pouco representados no ecossistema de inovação, mas têm um potencial imenso de gerar soluções e prosperidade.

Um dos programas na RME, focado em negócios liderados por mulheres nas bordas da cidade, demonstrou isso com clareza: muitas participantes mais do que dobraram seu faturamento após receberem apoio técnico, mentorias e microcrédito. Esse tipo de história mostra como uma atuação social bem estruturada pode movimentar a economia e não apenas cumprir metas institucionais.


Conexões que inspiram

Nos dias 3 e 4 de outubro, na Expo São Paulo, o Festival RME retornou com mais uma edição repleta de conteúdos e experiências transformadoras. O encontro foi um verdadeiro termômetro de como as lideranças estão compreendendo e incorporando o ESG em suas jornadas e também um espaço valioso para escuta, aprendizado e novas parcerias.

Ao longo do evento, ouvimos vozes de executivas, investidores e empreendedoras que estão redesenhando o jeito de fazer negócios: com mais justiça, responsabilidade e visão de futuro. São trocas que fortalecem o ecossistema como um todo e apontam caminhos para quem quer avançar com propósito.


ESG não é doação

Uma armadilha comum é enxergar o ESG com uma lente assistencialista. Mas essa visão reduz o potencial transformador do conceito. O que está em jogo não é “ajudar”, e sim construir juntos: cocriar soluções, assumir responsabilidades e garantir continuidade para os impactos gerados.

Quando feito com intencionalidade, esses pilares beneficiam todos os lados, desde empresa, sociedade até o meio ambiente. É uma equação onde todos ganham: o negócio cresce, o entorno evolui e o legado se fortalece.

Se você está em busca de uma maneira consistente e mensurável de tornar sua atuação mais responsável, nosso convite está aberto: venha construir com a gente. A RME oferece programas sob medida para empresas que desejam promover impacto social com foco, estratégia e resultados concretos.

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Empreendedora social, fundadora da Rede Mulher Empreendedora (RME) e do Instituto RME. Vice-Presidente do Conselho do Pacto Global da ONU Brasil e Membro do Conselho da Presidência da República – CDESS. Presidente do W20, grupo de engajamento do G20. Conselheira da UAM/Grupo Ânima. Reconhecida no ranking Melhores Líderes do Brasil da Merco e por prêmios como: Bloomberg 500 mais influentes da América Latina 2024, Melhores e Maiores 2024, Empreendedor Social 2023, Executivo de Valor 2023 e Forbes Brasil Mulheres Mais Poderosas 2019. Autora do livro “Negócios: um assunto de mulheres - A força transformadora do empreendedorismo feminino".

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